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Estúdio Ghibli: Diretor Hayao Miyazaki faz 80 anos, conheça um pouco da sua obra

Hayao Miyazaki, que fez 80 anos, anunciou sua aposentadoria em mais de uma ocasião, mas como tantos grandes artistas, ele não consegue evitar de praticar seu dom. No momento em que este artigo foi escrito, Miyazaki estava trabalhando profundamente no filme “How Do You Live?” no Estúdio Ghibli, a empresa de animação independente que ele co-fundou com a lenda da animação Isao Takahata, que morreu em 2018.

Quando a HBO Max foi lançada no ano passado, uma das ofertas mais emocionantes da plataforma era o catálogo (quase) completo de filmes do Estúdio Ghibli – que inclui vários dos filmes de maior bilheteria do Japão, entre eles “Princesa Mononoke“, “Nausicaä do Vale do Vento” e o vencedor do Oscar “A Viagem de Chihiro”, disponível pela primeira vez via streaming nos EUA, no Brasil o catalogo quase completo está na Netflix.

Em maio passado, o produtor da Ghibli, Toshio Suzuki, conversou com a Revista Variety, explicando que o estúdio, que deixou a maioria de seus animadores talentosos irem após a conclusão de “As Memórias de Marnie“ (When Marnie Was Here) em 2014, estava funcionando novamente.

O Estúdio Ghibli sempre foi o estúdio que criaria filmes para Hayao Miyazaki, então, quando ele se aposentou, fez sentido pararmos e fecharmos o estúdio”, disse Suzuki. “No entanto, como você sabe, Hayao Miyazaki voltou. Ele disse que queria fazer outro filme, então tínhamos que trazer nossos funcionários de volta. O que decidimos foi que desta vez, com seu novo filme de animação desenhado à mão, vamos abordá-lo com um número menor de animadores por um período mais longo.

Enquanto os filmes do Ghibli geralmente empregam cerca de 200 animadores, o último projeto de Miyazaki prevê apenas 60, que trabalharão em um ritmo mais lento, para que o lendário diretor alcance sua visão. Nesse ínterim, o Estúdio Ghibli produziu outro longa, o especial gerado por computador feito para a TV “Aya e a Bruxa“(Earwig and the Witch), adaptação do livro infantil Tesourinha e a Bruxa, de Diana Wynne Jones, supervisionado pelo filho de Miyazaki. Goro Miyazaki, que também dirigiu os filmes “Contos de Terramar” (Tales from Earthsea) e “Da Colina Kokuriko” (From Up on Poppy Hill). Quase 50 animadores trabalharam nesse filme, embora Ghibli os tenha contratado de todo o mundo, América, Filipinas, Malásia, Indonésia e França.

De acordo com Suzuki, ele e Miyazaki discutiram a ideia de que outro diretor possa dar continuidade ao legado da empresa no futuro. “É um segredo”, disse Suzuki. “Miyazaki voltou e está trabalhando neste filme, mas já está pensando no próximo projeto, mas não estamos dizendo quem vai dirigir esse filme.

1 – Meu amigo Totoro – My Neighbor Totoro (1988)

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A obra-prima de Hayao MiyazakiMeu amigo Totoro“, não é apenas o melhor longa criado pelo Estúdio Ghibli, talvez seja o melhor filme de animação de todos os tempos, apresentando um personagem tão amado pelo público japonês quanto Mickey Mouse é pelos americanos. A genialidade do filme deve-se à sua simplicidade e à maneira intuitiva que Miyazaki consegue sugerir que nós, humanos, compartilhamos o mundo com espíritos benevolentes, que cuidam de nós em momentos de necessidade, uma ideia adaptada da cultura japonesa para uma forma antropomórfica fofinha. As irmãs Satsuki e Mei se mudam para o campo para ficar mais perto de sua mãe inválida, que está se recuperando no hospital, e enquanto exploram a casa e seus arredores de floresta, elas descobrem um trio de “Totoro”, ou espíritos da floresta, que vêm em três tamanhos : pequeno (branco), médio (azul) e extragrande (a gigantesca besta cinza com um grande sorriso e marcas no peito em forma de bumerangue). No Brasil o filme chegou em BluRay e DVD através do box da Coleção Studio Ghibli Vol. 1 lançado pela distribuidora Versátil Home Video em versão legendada. Atualmente está disponível junto a mais outros 20 filmes do Estúdio Ghibli na plataforma de streaming Netflix. Um filme de descoberta e admiração para mentes jovens, que desafia a noção de que desenhos animados dependem de conflito e em vez disso, incentiva a observação silenciosa dos detalhes do dia a dia, encontrando magia no mundo.

2 – Túmulo dos Vaga-lumes – Grave of the Fireflies (1988)

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Surpreendentemente, as duas maiores conquistas do Estúdio Ghibli foram lançadas como um projeto duplo, o que deve ter confundido o público na época, dado os diferentes estados de espírito de “Meu amigo Totoro” (My Neighbour Totoro) uma fantasia peso-pena, e este drama mais realista da Segunda Guerra Mundial do mentor e colega de Miyazaki, Isao Takahata. A animação muitas vezes é descartada como um ambiente para crianças e, ainda assim, “Túmulo dos Vaga-lumes“, adaptado do romance de Akiyuki Nosaka de 1967, representa uma forma de arte única, com potencial de abordar assuntos muito sombrios para a maioria do público lidar, no lugar de um filme tradicional, uma lição mais tarde aplicada a filmes como “Valsa com Bashir” (Waltz With Bashir) e “Funan”. Aqui, Takahata apresenta ao público o lado japonês de uma guerra devastadora, observando o preço alto que este conflito causa sobre duas crianças, Seita, de 14 anos, e sua irmã de 4 anos, Setsuke, que ficaram órfãs durante o bombardeio americano de Kobe. Essas cenas angustiantes foram informadas por meio de ataques aéreos que o próprio Takahata sobreviveu. Quinze anos depois, Miyazaki iria extrair de suas próprias memórias de infância para “Vidas ao Vento” (The Wind Rises). Sem teto e morrendo de fome em circunstâncias impossíveis, Seita luta para proteger e distrair sua irmã dos horrores que as cercam. Embora esperemos sempre por um final feliz, devemos aproveitar os esparsos momentos de alegria que ficam no decorrer desta maravilhosa obra.

3 – O Serviço de Entregas da Kiki – Kiki’s Delivery Service (1989)

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Anos antes de J.K. Rowling começar a escrever seus romances de Harry Potter, a autora japonesa Eiko Kadono publicou sua história de uma bruxa aprendiz, que usa sua habilidade de voar para encontrar trabalho na cidade grande. Depois de Totoro, o próximo personagem mais reconhecível de Miyazaki é quase certamente Jiji, o gatinho preto de olhos arregalados que acompanha a estagiária de 13 anos até Koriko, onde ela atrai a atenção de um adolescente obcecado por aeronáutica, Tombo. Miyazaki pode ter visto uma versão mais jovem de si mesmo no Tombo, considerando seu próprio interesse pela aviação, um tema que aparece com destaque em todos os seus filmes, com suas cidades flutuantes e aparelhos voadores. Um doce conto de jovem amizade centrado em torno de uma protagonista precoce do sexo feminino, outro tema recorrente na obra de Miyazaki, O Serviço de Entregas da Kiki” (Kiki’s Delivery Service) apresenta à sua jovem heroína um desafio muito meigo, longe de casa e um tanto incerta sobre suas habilidades, Kiki descobre que seus poderes parecem estar desaparecendo, apenas uma das metáforas inteligentes do filme para representar o amadurecimento. Mais uma vez, a simplicidade serve melhor a Miyazaki, pois ele convida o público a se identificar com uma garota que pode voar pelos céus em sua vassoura frágil. Os filmes de ação com a mesma temática levariam mais de uma década para alcançar esse efeito especial tão simples.

4 – O Castelo no Céu – Castle in the Sky (1986)

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Na esteira de “Nausicaä do Vale do Vento”, uma adaptação do mangá de sucesso de 1984 cujo sucesso motivou a formação do Estúdio Ghibli, Miyazaki fez “O Castelo no Céu“, esta aventura de fantasia notavelmente semelhante que expande muito do encanto do filme anterior. Para os completistas, vale a pena voltar a “Nausicaä“, que não é tecnicamente uma produção Ghibli, embora o tom de ficção científica desse filme não pareça tão diferente de outros filmes de animação dos anos 80, enquanto está continuação indistintamente Miyazakiana serve como uma ótima introdução ao tema favorito do mestre. Batalhas aéreas nas alturas entre aeronaves steampunk e um grupo de piratas do céu, liderados por Muska, que se parece muito com a bruxa de nariz grande em “A Viagem de Chihiro” (Spirited Away). A cidade flutuante “Laputa” é o local mais deslumbrante que o diretor jamais imaginou. “Laputa“, lembra a ideia de “Wakanda” de “Pantera Negra”, é uma terra que parece ao mesmo tempo antiga e ultramoderna com seus assimétricos robôs gigantes, autômatos adormecidos projetados para proteger. A heroína do filme, Sheeta, tem ligações com este maravilhoso castelo flutuante e, embora o filme concentre muita atenção em todos os vilões gananciosos, determinados a saquear seu reino mítico, ele oferece aquela incrível sensação de descoberta que caracteriza os melhores passeios do Estúdio Ghibli.

5 – Memorias de Ontem – Only Yesterday (1991)

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O filme “Memórias de Ontem” (Only Yesterday), se destaca como o mais adulto dos filmes do Studio Ghibli. Não é nem um pouco sombrio ou difícil, mas sim um filme sobre nostalgia e aquelas ligações meio esquecidas com nosso passado. Taeko de 27 anos, reacende essas memórias depois de viajar para a pequena cidade onde sua irmã agora vive. Muitos dos filmes do estúdio são sobre como seguir em frente “Meu Amigo Totoro“, “A Viagem de Chihiro” e “O Serviço de Entregas da Kiki” estão explicitamente preocupados com a mudança para novos lugares, enquanto o drama introspectivo de Takahata trata de olhar para trás. Solteira, Taeko trabalha em Tóquio, mas está frustrada com sua vida lá, e então vai para “casa”, onde conhece Toshio, que se oferece para levá-la pela área, revelando memórias de sua infância que funcionam como uma espécie de narrativa paralela. O filme poderia facilmente ter sido feito em “live action” e, ainda assim, a animação empresta ao material uma espécie de atemporalidade, permitindo que o público se perca ou talvez se encontre, nas vagas lembranças da personagem. É um filme melancólico, mas comovente, que parece terminar de uma maneira, para então reverter o resultado nos créditos finais. Fique até o fim, ou você perderá a onda emocional no final desta joia sutil.

6 – Pom Poko: A Grande Batalha dos Guaxinins (1994)

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Tanto Miyazaki quanto Takahata compartilhavam uma forte conexão moral com o meio ambiente, que pode ser sentida em quase todos os seus filmes. A mensagem eco consciente é muito fácil de entender na forma do filme Pom Poko de Takahata, sobre uma colônia de tanuki (cachorros-guaxinins selvagens) que vivem na floresta fora de Tóquio e que estão ameaçados pela expansão suburbana. No início, as criaturas começam a lutar entre si, o que resulta em algumas sequências de batalha hilárias de desenhos animados, antes de crescerem e voltarem sua frustração para os invasores desenvolvedores humanos. Retratando o problema do ponto de vista dos animais, o filme é reproduzido como a resposta do Japão a “Watership Down” ou “The Secret of NIMH” de Don Bluth. Deve-se observar que na cultura japonesa, estátuas tanuki com aparência de desenho animado são bastante comuns, em pé com barriga e escrotos inchados expostos, e é assim que Takahata as descreve em grande parte do filme, embora em algumas cenas, elas voltem à forma animal , uma estratégia de mudança repentina que lembra a maneira como o tigre empalhado de Calvin se transforma em uma coisa real nos quadrinhos clássicos “Calvin e Haroldo“.

7 – Princesa Mononoke (1997)

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Em “Princesa Mononoke“, de longe o mais violento dos filmes de Miyazaki, em algumas cenas de luta entre o principe Ashitaka, que foi amaldiçoado com um mal que pode matá-lo, e seus inimigos aparecem algumas cenas de mutilação, na verdade, em apenas três cenas de todo o filme e a tensão entre o homem e a natureza atinge proporções quase apocalípticas. Está é uma obra magnifica e envolvente do início ao fim e explora o conflito entre os deuses animais da floresta e os moradores de uma vila de mineiros, que aos poucos estão destruindo a floresta. Miyazaki quis mostrar personagens de grupos párias e minorias oprimidas que raramente aparecem em filmes japoneses. Sua intenção não era criar uma história precisa do Japão Medieval, e sim “retratar o início do conflito aparentemente insolúvel entre o mundo natural e a civilização industrial moderna.” As paisagens que aparecem no filme foram inspiradas em Yakushima. A trilha sonora do filme foi composta e interpretada por Joe Hisaishi, compositor da trilha sonora de quase todas as produções de Miyazaki. Hayao Miyazaki escreveu a letra das duas faixas vocais, “The Tatara Women Work Song” e a música título “Princess Mononoke Theme Song”.

8 – A Viagem de Chihiro – Spirited Away (2001)

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A fascinante obra, vencedora do Oscar, de Miyazaki foi o primeiro filme do Estúdio Ghibli a arrecadar mais de US$ 10 milhões nos EUA e é, portanto, o filme que estabeleceu o estúdio de animação japonês para maioria dos americanos. Dada a ambição e o escopo do filme, uma versão japonesa de clássicos ocidentais como “Alice no País das Maravilhas” e “Peter Pan”, em que Chihiro, de 10 anos, atravessa o rio até uma casa de banhos encantada da qual, se ela não tiver cuidado, ela pode nunca mais ser capaz de retornar. Não é de se admirar que aqueles que começaram a ver a obra de Miyazaki pelo filme “A Viagem de Chihiro” (Spirited Away) tenham problemas para retroceder no catálogo de produções do Estúdio Ghibli. O filme representa um dos pontos mais altos da imaginação de Miyazaki, repleta de visuais icônicos e personagens grandiosos, desdobrando-se de acordo com a lógica relacionada aos sonhos do cineasta. Isso é algo a se observar em todos os filmes de Miyazaki, já que seus enredos não seguem narrativas “tradicionais“, mas fluem de cena em cena de tal forma que nunca se pode prever as surpresas que estão por vir. Um menino pode se transformar em um dragão, perseguido pelo céu por um Shikigami de papel, ou um espírito fedorento pode entrar para um banho, despejando todos os destroços que os humanos jogaram no rio. E assim observamos com os olhos arregalados enquanto o artista de anime nos conduz nesta viagem maravilhosa.

9 – Ponyo (2008)

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Mais de uma década antes de fundar seu próprio estúdio, Takahata e Miyazaki colaboraram na série de TV de 1974 “Heidi: A Menina dos Alpes“, então não deveria ser nenhuma grande surpresa que eles retornassem repetidamente ao material de origem europeu em seu trabalho já no Estúdio Ghibli . Alguns, como “O Castelo Animado”, “O Mundo dos Pequeninos” e “As Memorias de Marnie”, ofereceram aos animadores a chance de apresentar personagens ruivos e loiros, ou de ambientar suas histórias em chalés e cidades pitorescas de estilo europeu, pelo qual eles claramente têm uma afinidade especial. Mais bem-sucedido, entretanto, é a versão incrivelmente solta de Miyazaki de “A Pequena Sereia”, de Hans Christian Andersen, que usa apenas a premissa de uma criatura do mar, neste caso, um “peixe dourado” rudimentar que parece um fantoche de meia de cor rosa brilhante, que anseia por experimentar a vida na terra e o amigo humano de 5 anos que ela fez em terra. Os criadores do Estúdio Ghibli costumam alegar que não fazem seus filmes com nenhuma faixa etária específica em mente, mas não há como negar que “Ponyo” parece ser voltado para os mais jovem do que qualquer um de seus outros filmes. Isso o torna uma porta de entrada adequada para deixar seus filhos viciados nas maravilhosas obras que Miyazaki e sua equipe têm a oferecer.

10 – O Conto da Princesa Kaguya – The Tale of the Princess Kaguya (2013)

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Seja Isao Takahata ou Hayao Miyazaki ou mesmo o filho de Miyazaki, Goro, no comando, o Estúdio Ghibli tem um estilo inconfundível, o que significa que os personagens e mundos desenhados à mão são todos renderizados de uma maneira distintamente semelhante. Ao longo dos anos, Takahata rompeu duas vezes com esse molde, experimentando um estilo mais ilustrativo em “Meus vizinhos, Os Yamadas“, cujas texturas em aquarela foram obtidas digitalmente e novamente, para seu filme final, uma adaptação de grande orçamento do clássico japonês “The Tale of the Bamboo Cutter ”, cujas pinceladas e texturas sugerem caligrafia e rolos de pergaminho. O Conto da Princesa Kaguya, é uma história que o público asiático conhece bem, sobre uma princesa da lua que deseja experimentar a vida na Terra, onde desafia seus pretendentes a uma série de tarefas impossíveis e isso dá a Takahata espaço para expressar sua própria interpretação, como ele fez carinhosamente nas cenas iniciais. Ele leva seu próprio tempo para mostrar a pequena Kaguya, resgatada de dentro de um broto de bambu, navega em sua forma infantil e compartilha um momento deslumbrante quando ela dança sob os galhos floridos de uma cerejeira em plena floração. Embora visualmente distinto, o filme possui uma conexão fundamental com a estética do Estúdio Ghibli e conta com a contribuição do compositor Joe Hisaishi, em cujas asas esse filme voa.

11 – A Tartaruga Vermelha – The Red Turtle (2016)

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Outra anomalia na obra do Studio Ghibli, “A Tartaruga Vermelha” não foi feita no Japão e não se parece em nada com o trabalho de Miyazaki ou Takahata, mas reflete o compromisso de ambos os diretores com a animação como uma forma de arte verdadeiramente independente. Impressionado com o curta-metragem indicado ao Oscar de Michaël Dudok de Wit, “Father and Daughter”, a dupla do Estúdio Ghibli abordou o animador holandês sobre apoiá-lo na produção de um longa. Ninguém confundiria o resultado no estilo aquarela com uma aposta comercial convencional, um filme totalmente sem diálogos sobre um homem naufragado que funciona como uma alegoria poética sobre amor e relacionamentos e as bolhas isoladas que cada um de nós constrói em torno de nossas famílias. “A Tartaruga Vermelha” é o que consideramos um “trabalho de amor”, um esforço meticuloso, criado usando desenhos a carvão e cores digitais, virtualmente sem paralelo no mundo da animação. Existem elementos de “Planeta Fantástico” ou “Filho da Égua Branca”, talvez, fábulas animadas experimentais / expressionistas que valem a pena rastrear, se “A Tartaruga Vermelha” falar com você.

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